Eliana de Freitas

Que histórias são essas?

Textos


Minhas coisas valiosas,
Conquistas feitas com o tempo,
Uma parede de filtros de café,
Usados, velhos, hoje servem de alento.


Quatorze anos sem retoques ou nova cor,
Erguida pelas mãos das minhas filhas,
Com filtros doados dos parentes e amigos,
Uma empreitada coletiva, submissa da vontade.

 

Nada no mundo materializa tão bem,
Esse tempo, essa entrega, essa criação,
É símbolo do amor que me envolve,
De quem me dá vida e inspiração.

 

Outra peça que carrego comigo,
É um vestido preto, estampado em rosa choque,
Mais que anos já passaram e ainda serve,
Belo, imortal, sem qualquer retoque.

 

Nada materializa tão forte,
Beleza, força, eternidade feminina,
Como esse tecido que veste o corpo,
E me faz sentir sempre divina.

 

E se perguntarem dos meus filhos,
Ah, esses têm todo o valor,
Mas não são coisas, são divindades,
Que trouxeram à minha vida o amor.

 

Me sustentam, me alegram, me elevam,
São o motivo da minha fé,
Nas pessoas, na vida, em Deus,
Se caio, eles me põe de pé.

 

Se choro, me envolvem em alegria,
Se erro, com amor me perdoam,
E nas vitórias, compartilham comigo,
Sorrisos que em nossos lares ecoam.

 

E assim passa o tempo, meu e deles,
Em risos, medos e coragem,
O amor que habita nossas histórias,
Fica ali, perene em nossa bagagem.

 

Porque não importa para onde a vida vá,
O amor sempre nos guiará,
E juntos, nesse lugar, sempre estaremos,
Em um laço que nunca se quebrará.

Eliana de Freitas
Enviado por Eliana de Freitas em 26/01/2025


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