Eliana de Freitas

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Armas, Germes e Aços – os destinos das sociedades humanas de Jared Diamond

Este texto foi produzido como tarefa de análise do fragmento do livro: Armas, Germes e Aços – os destinos das sociedades humanas de Jared Diamond – 15ª. Edição, 2013 – Parte III
Unila - Universidade Federal de Integração da América Latina, Filosofia 1o. semestre - Disciplina: Fundamentos da América Latina I

O livro de Jared foi inspirado para responder à pergunta do porquê os euroasiáticos têm tantos produtos e os ameríndios, aborígenes e outras civilizações nativas da América, África e Austrália não. Porém ao embarcar na pesquisa para essa pergunta, o autor deparou-se com respostas a outros questionamentos, dentre eles: Como os colonizadores europeus conseguiram subjugar populações inteiras e seus reinos aqui na América? Como venceram tais confrontos, se cada tropa europeia abarcava uma ou duas centenas de homens, enquanto havia tribos com mais de 250.000 habitantes, como os aruaques no Haiti? A resposta a essas perguntas: venceram com armas, germes e aço.

A parte III, o fragmento da análise, trata predominantemente dos germes, especificamente os que trazem doenças advindas dos bichos e causam doenças epidêmicas. Os germes foram a arma invisível decisiva para a dominação dos povos indígenas, chegando mesmo ao seu extermínio.

Os europeus ao domesticarem os animais para sua alimentação e auxílio laboral se aproximaram de uma cadeia biológica sistêmica de vida dos germes que coexistiam e habitavam estes animais. Doenças como varíola, sarampo, cólera, peste bubônica são doenças humanas de origem animal. Os germes são sagazes e provocam em seus hospedeiros reações que propiciam a sua rápida proliferação, não há problema aos germes que o seu hospedeiro morra, pois no espaço de tempo no qual foi usado, infectou grande número de outros, no caso, humanos. As doenças referidas são epidêmicas, ou seja, se alastram rapidamente matando muitos seres humanos. E ainda, têm a consequência de que àqueles que não morrem, conseguem se curar, a estes germes tornam-se imunes. Portanto, os europeus chegavam às Américas com uma carga biológica sistêmica de germes aos quais eram imunes, mas os ameríndios, não. E por esta falta de imunidade morriam aos milhares, era um campo de batalha biológico e microscópico.

Os povos primeiros das Américas não tinham imunidade, pois tais doenças de origem animal ainda não haviam surgido em suas terras, porque eles nunca domesticaram animais. Os animais para serem domesticados requerem algumas características, como serem herbívoros, em tamanho possível de manejo, características não encontradas nos animais nativos das Américas, à exceção das Llamas dos povos andinos, mas era uma mostra pequena, comparada à convivência europeia com bichos.

As mortes causadas por estas epidemias afetavam completamente até mesmo os seres humanos que a elas sobreviviam. Estes não entendiam como todos os seus morriam, e os europeus continuavam sãos. A confiança, o ânimo e o espírito dos índios ficavam abalados e sem resposta. O homem sem resposta, a busca nos mitos. Sendo esta situação bastante propícia para que os colonizadores disseminassem a crença de que o povo branco estava protegido por Deus e os demais, não estavam. Isto abriu espaço para catequisar e subjugar os povos indígenas já totalmente enfraquecidos.

Os germes como armas letais provieram da capacidade do europeu em domesticar animais. Contudo cabe destacar que os ameríndios não a desenvolveram porque tampouco a necessitavam. As características ambientais das Américas eram naturalmente favoráveis à vida humana.

Além dos germes, faz-se necessário também mencionar a agricultura.

O domínio da agricultura pelos europeus permitiu o abandono do nomadismo, o agrupamento em povoados maiores, a produção excedente de alimentos, o que possibilitou que homens de uma comunidade fossem alimentados mesmo sem cultivar. Neste grupo social então passa a existir indivíduos que se dedicam a atividades como a organização civil, provocando uma coesão social que leva àquele povo estratégias e conhecimentos, tanto sociais como de guerra, com características que não faziam parte das culturas indígenas.

Com base nestes dados e análises, podemos concluir que as condições ambientais participação determinadamente e crucialmente ao sucesso da colonização americana pelos europeus.
Eliana de Freitas
Enviado por Eliana de Freitas em 15/09/2019
Alterado em 15/09/2019


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